domingo, 23 de março de 2008

8 de Março – Dia Internacional da Mulher

Comemorado como Dia Internacional da Mulher, o 8 de março foi instituído pelas Nações Unidas no ano de 1975. Naquele dia do ano de 1857, as operárias têxteis de Nova Iorque entraram em greve, ocupando a fábrica, para reivindicarem a redução da carga horária de trabalho de mais de 16 horas por dia para 10 horas e equiparação salarial com os homens que desempenhavam igual função. As operárias que, nas suas 16 horas, recebiam menos de um terço do salário dos homens, foram fechadas no local pelos patrões, que trancaram as portas da fábrica, ateando fogo no local e 129 mulheres morreram queimadas e asfixiadas. Em 1910, na II Conferência Internacional das Mulheres Socialistas, em Copenhague, Dinamarca, foi decidido, em homenagem àquelas mulheres, a comemoração do 8 de março como "Dia Internacional da Mulher". A data marca a luta das mulheres pela igualdade de direitos. O século passado foi marcado pela luta pelos direitos das mulheres negras e não-negras, negros e demais segmentos discriminados na sociedade.
Em nosso país, a luta das mulheres negras ainda é grande. A mulher negra compõe a maior categoria de trabalhadoras da nação, a das domésticas, sendo discriminada, explorada e submetida a uma exaustiva jornada de trabalho. É oprimida, inclusive, por outras mulheres, ou seja pelo mesmo gênero, quando esta é a empregadora e, muitas vezes, ao invés de ser solidária, desrespeita direitos, descumprindo-os. As mulheres negras da zona rural, cuja maioria vive em comunidades negras rurais quilombolas, no Maranhão, sofrem com a falta de condições mínimas de sobrevivência.
As Convenções contra todas as formas de discriminação sejam da mulher ou étnico-racial, adotadas pelo Brasil, ainda estão longe de serem cumpridas.
Perdemos neste ano, uma companheira solidária à luta das mulheres negras, incansável na luta pelos direitos das mulheres, a Profª Ieda Batista. Rendemos a ela a nossa homenagem. Nossa luta continua e a vitória é certa.
Há um longo caminho a se percorrer em busca de respeito, dignidade, valorização profissional da mulher negra, que continua sendo o esteio familiar. Se queremos uma sociedade realmente justa, devemos lutar:
- Pelo fim da discriminação racial no trabalho;
- Contra a exploração sexual, social e econômica da mulher negra;
- Por condições de vida digna para o povo negro.
Conscientize-se e Reaja à Violência Racial! Não silencie frente à violência e opressão!
Viva Lélia Gonzalez, Maria Firmina dos Reis, Mãe Andresa, Mãe Dudu, Maria Aragão, Silvia Cantanhede, Ieda Batista, guerreiras que abriram o caminho para nossa luta!
Comissão de Mulheres do MNU
Movimento Negro Unificado – MNU
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Um comentário:

Anônimo disse...

essa comunidadefoi muito bem feita eu que sou negra adorei essa comunidade que vem falar das diversas sobre as pessoas negras desse país